Compositor: Não Disponível
O lagarto enfurecido
Rasteja pelas dunas
De um deserto de idéias, o lagarto passeia
Entre o ouro e a miséria
Pela pele e realidades
De seus heróis, assassinos e estranhos
Sentindo o sabor dos labirintos
E as cores e as dores deixadas
Sobre os infinitos rastros
Dos sonhos perdidos e conquistados
Caminhando pela luz de sol
Quando termina no fim da tarde
Seus raios em minha face
Trazem memórias, de tempos que não mais retornam
Oh, sensações, minha fúria esquecida,
É o lugar onde o sol termina
Sobre minhas velhas palavras secretas
Meu corpo chora ao toque de velhos sonhos
O lagarto passeia pelo suor
Pela febre do calor queimando
Onde as portas dos sonhos e das realidades
Da vida e da morte se confundem
Olhos do lagarto
Lágrimas da lua
Canções das insanas
Tempestades sob o sol
O lagarto enfurecido
Devora imagens que descansam em paz
De pedaços do tempo que cruzam
Que cruzam ruas e vielas
Como uma multidão sem controle
Suas memórias fotografam o assoalho
Em cada sonho que respira
Bebendo a transpiração de pensamentos que se movem
E terminam
Movendo para o fim.